sábado, 18 de julho de 2015

Questões de Gênero


GÊNERO E DIVERSIDADES NAS ESCOLAS

 Desde quando nascemos, somos ensinados o que podemos ou não podemos fazer de acordo com nosso gênero. O doutrinamento de gênero começa com as cores dos enxovais, os brinquedos que ganhamos de presente e o tipo de roupa que nossos pais nos dão para vestir.

Meninas usam vestidinhos de princesas, meninos usam camisetas de super heróis. Enquanto os garotos brincam com carros, brinquedos de montar e praticam atividades que lhes estimulam o contato com o mundo exterior, as meninas recebem jogos de panelas, pias, utensílios domésticos de brinquedo e aprendem a brincar com bonecas, fingindo que são mães. As garotas ganham Barbies de cabelos loiros, com corpos irrealmente magros, e escutam que precisam ser bonitas e agir como donzelas.
É importante perceber o gênero a partir de uma visão que não seja binária (menino/menina, homem/ mulher) ou que tenha determinados papéis já atribuidos desde o nascimento. Cada pessoa é única, assim como sua identidade e expressão de gênero e orientação sexual. No diagrama abaixo, as linhas com duas setas indicam que a pessoa pode se situar em qualquer ponto da escala, podendo também mudar de posição na mesma no decorrer da vida.

Identidade de gênero é como você se percebe como sendo do gênero masculino, feminino ou de alguma combinação dos dois, e como você interpreta o que isso significa.
Expressão de gênero é como você demonstra o gênero com o qual você se identifica (baseado em papéis tradicionais de gênero), por meio de suas ações, roupas, comportamentos e interações.
Sexo biológico se refere aos órgãos, hormônios e cromossomos que a pessoa possui, feminino = vagina, ovários, cromossomos xx; Masculino = pênis, testículos, cromossomos xy, intersex = alguma combinação dos dois.
Orientação sexual é para quem você é atraída física, efetiva e emocionalmente, com base no sexo/gênero daquela pessoa em relação ao seu.
 Não há dúvidas de que a escola tem como um de seus papéis formar cidadãos para a boa convivência em sociedade, certo? Para isso, os alunos devem aprender a respeitar as diferenças. Muitos professores e gestores partilham dessa opinião, mas ainda consideram a diversidade sexual um tabu dentro da sala de aula. Não é por menos. Há ainda muito preconceito na sociedade - e ele se reflete na escola. 

"Homossexualidade é o mais difícil tema relacionado à sexualidade", diz Mônica Marques Ribeiro, professora de Biologia da Escola Estadual Ary Corrêa (de Ourinhos, São Paulo), que há dez anos aborda a sexualidade nas salas de aula. A abordagem do assunto nas escolas pode até deixar alguns pais receosos, mas é necessário entender que é importante que o respeito às diferenças esteja presente no currículo. Informar é o primeiro passo para a quebra do preconceito.

Reportagens especiais sobre como promover a inclusão de crianças especiais nas escolas.
Muitas pessoas, por exemplo, partem do pressuposto de que a bissexualidade e a homossexualidade são desvios de caráter, uma doença ou ainda algo contagioso. "A psicologia já demonstrou que ninguém sabe explicar cientificamente por que as pessoas são heterossexuais, bissexuais ou homossexuais. Há fatores biológicos, psicológicos e sociais, mas é impossível determinar uma única causa", explica Lula Ramires, mestre em Educação pela USP. "Em uma sociedade como a nossa, qualquer um que saia da norma heterossexual é imediatamente tratado com descaso, desprezo, humilhação e até com violência física. É isso o que chamamos de homofobia", explica Ramires, que tabém é coordenador do Corsa (Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor de defesa dos direitos LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis)
texto retirado http://educarparacrescer





O doutor em Educação e militante dos direitos LGBT Toni Reis lançou  em Curitiba seu livro “Homofobia no ambiente educacional - o silêncio está gritando”, baseado em sua tese de doutorado. O livro aborda os marcos normativos de Educação no mundo, com destaque às mudanças na Educação brasileira, apontando os caminhos para uma Educação em respeito à diversidade sexual e os direitos humanos. Com entrevistas e pesquisas realizadas na capital paranaense, o livro da Editora Appris debate a homofobia e as políticas públicas para enfrentá-la.


Com prefácio de Maria Rebeca Otero Gomes da Coordenadora de Educação da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que aponta que “Ainda há muito a ser feito para se chegar a um ambiente educacional que acolha e respeite a diversidade sexual. Por outro lado, há muitas pessoas e instituições trabalhando para que isto se torne uma realidade”, o livro propõe “uma contribuição significativa para o conhecimento sobre o problema e para o avanço da resposta brasileira ao mesmo”.  
O lançamento de “Homofobia no ambiente educacional - o silêncio está gritando” foi no dia 20 de maio de 2015 no Auditório do Mercado Municipal, às 8h. No mesmo dia outros dois lançamentos aconteceram na cidade: às 13h30, também no Auditório do Mercado Municipal, e às 18h30 no Centro de Formação Continuada da Secretaria Municipal da Educação.

Leia Mais: Homofobia no ambiente educacional é tema de livro de Toni Reis | Revista Lado A http://revistaladoa.com.br/2015/05/noticias/homofobia-no-ambiente-educacional-tema-livro-toni-reis#ixzz3goUKExYm
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Texto:retirado:http://revistaladoa.com.br/2015/05/noticias/homofobia-no-ambiente-educacional-tema-livro-toni-reis



Toni Reis é um dos fundadores do Grupo Dignidade, o primeiro do Paraná a lutar pelos direitos LGBT. (Foto: Divulgação)
Toni Reis é um dos fundadores do Grupo Dignidade, o primeiro do Paraná a lutar pelos direitos LGBT
(Foto: Divulgação)
Conhecido ativista dos direitos LGBT, Toni Reis lança o livro “Homofobia no ambiente educacional – o silêncio está gritando” nessa quarta-feira (20). Ao longo do dia, o autor vai estar presente em três eventos de lançamento em Curitiba. O livro é resultado de sua pesquisa de doutorado e conta com prefácio da Unesco.
A primeira parte do estudo traça uma linha do tempo da homofobia, investigando como os relacionamentos homoafetivos – que eram aceitos em algumas sociedades antigas – passaram a ser considerados pecado, crime e doença. Ainda na primeira parte, é feita uma análise do que são direitos humanos e qual é a situação atual desses direitos para a população LGBT.
Na segunda parte, é apresentada a pesquisa qualitativa feita por Reis em 2009 em duas escolas municipais e dois colégios estaduais de Curitiba. Após a análise da fala de 84 entrevistados, a conclusão do autor é de que, apesar de existirem algumas iniciativas para a promoção dos direitos LGBT no ambiente educacional, isso não chega à sala de aula.
Reis conclui com recomendações e materiais de apoio para reverter esse quadro.
texto retirado:   http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/toni-reis-lanca-livro-sobre-homofobia-na-educacao/







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