sexta-feira, 17 de julho de 2015

Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra

Vida longa, com saúde e sem racismo!



Vida longa, com saúde e sem racismo! Esse é o lema Mobilização Naciona Pró-Saúde da população Negra, que tem como marco o 27 de outubro. é nesse período, homens, mulheres, jovens e/ou adultos, gestores (as), pesquisadores(as) e sociedade civil, se articulam por meio de atividades em todas regiões do Brasil, para promover e defender o direito da população negra à saúde.
A constituição brasileira garante a saúde como direito de todas e todos e um dever do Estado, de modo que as pessoas acessem tratamento de qualidade, humanizado e sem discriminação. Defender e promover a saúde como direito humano é dever de todos(as) que luta por uma sociedade mais justa.
Publicada por meio da Portaria nº 992 em 2009, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) tem como objetivo promover a saúde integral da população negra, priorizando a redução das desigualdades étnico-raciais, o combate ao racismo e à discriminação nas instituições e serviços do SUS.A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra(PNSIPN) foi aprovada em novembro de 2006, pelo Conselho Nacional de Saúde, e a sua execução é muito importante para a redução das desigualdades raciais em saúde e para o combate ao racismo institucional e outras formas de intolerância. A PNSIPN também garante a ampliação e fortalecimento da participação de lideranças dos movimentos sociais em defesa da saúde da população negra nas instâncias de participação e controle social do SUS, além de incluir em suas diretrizes gerais a promoção do reconhecimento dos saberes e práticas populares de saúde, incluindo aqueles preservados pelas religiões de matrizes africanas.
O campo saúde da população negra foi criado por ativistas e pesquisadores do movimento negro com a finalidade de mostrar os impactos do racismo na vida de homens e mulheres negras e as dimensões sócio-cultural do racismo no processo saúde-doença. O racismo é um dos determinantes das condições de saúde e as lutas do movimento negro em relação aos direitos à saúde gerou também a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra onde os terreiros estão incluídos.
A Mobilizização traz como eixo de diálogo a saúde  integral em todas as etapas do ciclo de vida. Garantir que crianças, jovens, adultos(as) e idosos(as) tenham o acesso adequado à saúde, é colaborar em especial para a redução dos altos índices de mortes entre a população negra. 


DESAFIOS PARA O BRASIL SE TORNAR UM ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITOS EM SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA:


Quando se compara a expectativa de vida observando o recorte de gênero e raça/cor, constata-se que Mulheres e Homens negras(os) tem expectativas de vida inferiores às mulheres e homens brancas(os).

Garantir a inclusão dos temas racismo e saúde da população negra na formação de profissionais técnicos e de nível superior na área de saúde;


Enfrentar o Racismo Institucional no SUS como promoção da saúde pública brasileira;


Implementação e monitoramento da política de Saúde Integral da População Negra/PNSIPN nos estados e municípios, como estratégias de melhoria do SUS;





Melhorar a gestão do SUS, promovendo a transparência e prestação de contas e adequando-a aos interesses e necessidades da população;



Viabilizar a inserção da Juventude negra no processo de decisão em políticas públicas, envolvidos em soluções em saúde para a população negra;



Realizar atividades de qualificação de profissionais para preenchimento qualificado do Quesito Cor/Raça nos formulários do SUS;


Utilizar os dados desagregados por raça/cor na tomada de decisões e para o exercício do controle social e das políticas de saúde;


Capacitar e incitar a participação da população negra nos conselhos de saúde, no monitoramento da PNSIPN e do seu plano operativo nas 3 esferas de gestão (federal, estadual e municipal).




    Por exemplo, algumas doenças genéticas ou hereditárias são mais comuns da população negra e exigem um acompanhamento diferenciado. Entre as principais enfermidades estão:
    • Diabete melito (tipo II);
    • Hipertensão arterial;
    • Miomas;
    • Deficiência de glicose 6 fosfato desidrogenas, e
    • Anemia falciforme, que pode ser encontrada em frequências que variam de 2% a 6% na população brasileira em geral, e de 6% a 10% na população negra.                                        texto retirado: http://www.brasil.gov.br/saude



    Há uma morte branca que tem como causa as doenças, as quais, embora de diferentes tipos, não são mais que doenças, essas coisas que se opõem à saúde até um dia sobrepujá-la num fim inexorável: a morte que encerra a vida. A morte branca é uma "morte morrida". Há uma morte negra que não tem causa em doenças; decorre de infortúnio. É uma morte insensata, que bule com as coisas da vida, como a gravidez e o parto. É uma morte insana, que aliena a existência em transtornos mentais. É uma morte de vítima, em agressões de doenças infecciosas ou de violência de causas externas. É uma morte que não é morte, é mal definida. A morte negra não é um fim de vida, é uma vida desfeita, é uma Átropos ensandecida que corta o fio da vida sem que Cloto o teça ou que Láquesis o meça. A morte negra é uma morte desgraçada. BATISTA; ESCUDER; PEREIRA, 2004, p.635).










    Próxima matéria: A VIOLÊNCIA POLICIAL SOBRE A JUVENTUDE NEGRA




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